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O que é fascismo?

"O Ur-Fascismo provém da frustração individual ou social. Isso explica por que uma das características típicas dos fascismos históricos tem sido o apelo às classes médias frustradas, desvalorizadas por alguma crise econômica ou humilhação política, assustadas pela pressão dos grupos sociais subalternos. Em nosso tempo, em que os velhos "proletários" estão se transformando em que pequena burguesia (e o lumpesinato se autoexclui da cena política), o fascismo encontrará nessa nova maioria o seu auditório." (Umberto Eco, O Fascismo Eterno)  
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Pandemia, Filosofia e o mundo que nos espera depois de tudo isso

"Bom dia, meus amores! Como vocês estão?" Essas frases não saem da minha cabeça. Já perdi a noção de quanto tempo estamos assim, separados, nesse distanciamento forçado. Quase dois meses? Mais? Não têm sido fáceis esses dias. Fico imaginado que para vocês também não. Quantas incertezas, quantas angústias, medos, saudades têm invadido nossas vidas durante esse período. Gostaria que vocês soubessem que não estão sozinhos e que todos nós, em menor ou maior grau, estamos experimentando esses mesmos sentimentos.  Eu não sei vocês, mas eu tenho lido muito durante esse período. E algumas dessas leituras têm sido provocativas , porque convidam a pensar no amanhã , no pós-pandemia , em como será a nossa vida quando tudo isso passar ou, pelo menos, quando o pior passar. Pensadores, sociólogos, filósofos do mundo todo se veem diante de um momento fecundo para pensar os rumos da nossa sociedade, pensar os mundos possíveis que podem surgir a partir dessa tragédia que a humanidade e

Malabarismo em casa? Você pode!

A quarentena está deixando entediada né minha filha??? Que tal usar o tempo extra para treinar uma nova prática corporal daí mesmo da sua casa? Gostou da ideia? Então siga o passo a passo com Guilherme e vem para o universo do malabarismo com a gente!

Saudades...

Estamos vivendo um tempo difícil, em que não podemos beijar, abraçar, ir a shows, restaurantes, praças, festas e nem frequentar as casas dos avós. Nesse isolamento, percebemos o quanto é valioso um abraço, um beijo, até mesmo um aperto de mão e sabe por que estamos percebendo isso agora? Porque não damos o devido valor a essas atitudes corriqueiras e, quando não se pode mais fazê-las, é que vemos o quanto precisamos delas. A vida é uma só e devemos aproveitá-la da melhor maneira possível. Fique calmo (a), esse tempo difícil vai acabar e, com tudo isso que estamos passando, levaremos de lição que precisamos um do outro e que devemos dar mais valor às pequenas coisas e aos mínimos detalhes. Yasmim Barbosa Campos Capivari, 30/03/2020
O Tempo existe, ou passa a existir então. Tempo difícil. Ele presencia nossas angústias da solidão. Tempo parado no pensamento sofrido. Possível, agora impossível. Retornamos. Voltamos atrás. O Tempo não passa, e o toque não existe mais. Fomos avisados quando o Tempo ainda andava na calçada: comprando, passeando, trabalhando... Podíamos tocá-lo, cumprimentá-lo todos os dias como o porteiro na entrada. Não escolhemos morar no mesmo andar que ele, mas não tinha escolha. Era vizinho barulhento de dia, e à noite vivia batendo na nossa porta: pedia açúcar, sal e um abraço; às vezes, um colo. Não tinha idade, mas era rápido, estava sempre com pressa, mal víamos ele sair pelo portão. O Tempo era sozinho, mas ainda tinha todos nós, mesmo quando exageramos nos pedidos. Pedi muito ao Tempo, e tudo ele me deu, só que no tempo dele. Sobrecarregamos o tempo que tínhamos antes e agora o Tempo não tem mais tempo de lidar com a gente. Tanto pedimos e pouco doamos de nós mesmos. Não notamos quando
Tempos difíceis chegaram, né? Não sabemos mais como será o dia de amanhã, não sabemos até quando estaremos aqui... que tal pensarmos em viver o hoje? Dizer que ama hoje, se abrir hoje, conversar hoje; não digo para sair da sua casa e ir a um barzinho com os amigos, temos diversas redes sociais ao alcance, ligue, mande uma mensagem; amanhã pode ser tarde demais para querer conversar. Enfim, usem álcool em gel, lavem bem as mãos, saia de casa só se necessário, e assim proteja quem está ao seu redor, e principalmente os idosos e pessoas do grupo de risco. Maria Luísa Roveroto de Souza Capivari, 26/03/2020.

O que será que nos espera logo ali na frente?

O que será que nos espera logo ali na frente? Agora, nesse instante passageiro, somos incerteza, medo e um pouco de solidão? O que será que nos espera logo ali na frente? Haverá futuro para nós? Para todos? Agora, nesse instante breve e frágil, somos incerteza, medo e um pouco de solidão. Ou seria silêncio apenas? Alguns de nós, privilegiados, estamos em nossas casas, reclusos, assustados, é verdade, mas protegidos. Mas e os outros? Os tantos outros que não podem parar? Haverá futuro para eles? Para todos eles? Havia futuro para eles antes disso tudo começar? E se o problema não for a pandemia, o coronavírus? E se o problema for a desigualdade brutal com a qual nos acostumamos diariamente? E se o problema formos nós? Nosso egoísmo, nossa indiferença, nossos ressentimentos, nossa arrogância,  O que será que nos espera logo ali na frente? As redes que já nos distanciaram serão capazes de nos fazer comunidade e trazer união? As redes pelas quais tantas mentiras e