"O Ur-Fascismo provém da frustração individual ou social. Isso explica por que uma das características típicas dos fascismos históricos tem sido o apelo às classes médias frustradas, desvalorizadas por alguma crise econômica ou humilhação política, assustadas pela pressão dos grupos sociais subalternos. Em nosso tempo, em que os velhos "proletários" estão se transformando em que pequena burguesia (e o lumpesinato se autoexclui da cena política), o fascismo encontrará nessa nova maioria o seu auditório." (Umberto Eco, O Fascismo Eterno)
"Bom dia, meus amores! Como vocês estão?" Essas frases não saem da minha cabeça. Já perdi a noção de quanto tempo estamos assim, separados, nesse distanciamento forçado. Quase dois meses? Mais? Não têm sido fáceis esses dias. Fico imaginado que para vocês também não. Quantas incertezas, quantas angústias, medos, saudades têm invadido nossas vidas durante esse período. Gostaria que vocês soubessem que não estão sozinhos e que todos nós, em menor ou maior grau, estamos experimentando esses mesmos sentimentos. Eu não sei vocês, mas eu tenho lido muito durante esse período. E algumas dessas leituras têm sido provocativas , porque convidam a pensar no amanhã , no pós-pandemia , em como será a nossa vida quando tudo isso passar ou, pelo menos, quando o pior passar. Pensadores, sociólogos, filósofos do mundo todo se veem diante de um momento fecundo para pensar os rumos da nossa sociedade, pensar os mundos possíveis que podem surgir a partir dessa tragédia que a humanidade e